Por Aparecida Fernandes*
Quatro anos do (des)governo Bolsonaro e o quadro no Brasil é de terra arrasada! E este mês de outubro, especialmente, com eleições decisivas, não tem sido fácil! Além da intensidade do período eleitoral e de todas as tensões que ele traz, a Educação pública agoniza mais uma vez sob o comando desse governo.
Em tempos de eleições, em tese, o candidato à reeleição tem certas preocupações em promover atos impopulares que possam arranhar mais sua imagem, mas essa não é a preocupação do governo Bolsonaro. Ele não tem pudores em demonstrar sua perversidade ao cortar mais de R$ 1 bilhão da Educação. Isso significa menos R$ 147 milhões para as escolas técnicas federais e menos R$ 328 milhões para as universidades. E vejam: já é o terceiro bloqueio de recursos promovido por esse governo nefasto, o que soma mais de R$ 2 bilhões! A consequência disso são alunos sem assistência estudantil, demissão de trabalhadores terceirizados, falta de pagamento de energia elétrica, falta de manutenção de laboratórios, suspensão de bolsas… É inviabilizar o funcionamento da educação, como se já não bastasse o desastre que foi o abandono dessa área e de outras durante a pandemia.
Além dos cortes na educação, também são penalizados programas de combate ao câncer, o Farmácia Popular, a Assistência Social, a Saúde.
Não é exagero a caracterização de educadores e estudantes que se manifestaram no último dia 18 em todo o país sobre o governo Bolsonaro: “inimigo da educação.”
Mas não somente isso. A ação desse governo é a demonstração clara do seu caráter anti povo e deletério ao tecido social.
Enquanto contingenciamentos são feitos nas áreas essenciais ao povo, que depende das políticas públicas, a rapinagem de Bolsonaro e sua trupe anda a galope: o MEC negociando liberação de recursos em barras de ouro, tratores comprados com superfaturamento em transações do chamado orçamento secreto, “maior escândalo de corrupção do planeta”, segundo denominou a senadora e ex-candidata a Presidente, Simone Tebet; compra de parlamentares em troca de apoio à ação destruidora do país por meio desse orçamento como nunca se viu!
Somam-se a isso as investidas em fake News, especialmente, misturando de forma promíscua temas morais e religiosos como diretrizes da pauta política.
Os desafios postos frente ao desgaste da arena política promovido por esse rol de semeadores de mentira são imensos, impondo-se a urgência de vencermos esse pleito eleitoral para que os danos ao nosso povo, à democracia, ao processo civilizatório do país não deem uma guinada ainda mais profunda rumo ao retrocesso.
É urgente pôr todas as pernas e todos os braços nos mais recônditos recantos do país para virarmos o jogo. A era Bolsonaro tem que ter um basta! Vencer o bolsonarismo com seu fascismo e reconstruir o Brasil é a etapa seguinte e urgente!
Mediante esse quadro, os cristãos compromissados com a vida, com a igualdade social e a justiça não podem se omitir! Esta é a eleição das nossas vidas em que está em jogo a própria democracia e com ela a paz e uma sociedade humanitária contra a barbárie. A escolha é fácil, quando do outro lado tem-se a morte como projeto político.
Que sigamos irmanados, esperançados/as no vir a ser que já é agora, elegendo Lula Presidente!
* Aparecida é Professora no Instituto Federal do RN e membro da coordenação do MNFP.
*Foto: Site CUT MG