Viva às mulheres brasileiras!
Viva às lutas das trabalhadoras
por melhores condições de vida para suas famílias!
Em 8 de março de 1857, operárias têxtis de Nova York entraram em greve exigindo a redução de jornada de trabalho de 16 para 10 horas ao dia e salário igual ao dos homens pelo mesmo serviço, quando recebiam menos que um terço. Parte das grevistas foi trancada num galpão e a fábrica incendiada, sendo 130 delas carbonizadas. Em 1910, Clara Zektin do Partido Comunista Alemão e militante operária, propôs no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhagem a criação do Dia Internacional das Mulheres.
Mas só em 1975, depois de muita luta das mulheres por direitos, 65 anos após esta proposta de Clara Zektin, é que o dia 8 de março foi instituído como Dia Internacional das Mulheres pela ONU – Organização das Nações Unidas. Data celebrada em mais de 100 países como um dia de protestos das mulheres por mais direitos e justiça social, por melhores condições de trabalho, por salários iguais aos dos homens, por creches para seus filhos, contra o assédio moral nos locais de trabalho, o estupro, a violência doméstica e o feminicídio.
As mulheres brasileiras conquistaram, entre outras vitórias, a Lei Maria da Penha (11.340/06) e a Lei do Feminicídio (n° 13.104/95), mecanismos de combate à violência contra a mulher. A Lei Maria da Penha, preocupada principalmente com a violência doméstica, visa proteger a mulher e coibir as consequências mais severas que advém da violência, como o assassinato. E a Lei do Feminicídio qualifica o homicídio contra a mulher por razões de condições de sexo feminino.
Apesar destas conquistas, a violência contra as mulheres tem aumentado no Brasil. Segundo o Fórum Nacional de Segurança Pública, a partir do IBGE, no 1º semestre de 2021 em média 4 mulheres foram assassinadas por hora por seus parceiros ou ex-parceiros no Brasil – num total de 666 casos. No 1° semestre de 2020, 24.664 mulheres foram vítimas de estupro e no 1º semestre de 2021 o número de mulheres estupradas subiu para 26.709 casos – aumento de 8,3%.
As organizações das mulheres vêm crescendo e se fortalecendo, o que permite a elas melhores condições de luta por direitos, igualdade com homens no mundo do trabalho, avanço no mundo da política e das organizações da classe trabalhadora. No Brasil 52,2 % da população trabalhadora é de Mulheres. Mas há muito a avançar nas conquistas femininas.
Viva às mulheres do mundo e do Brasil!!!
Pastoral Operária da Diocese de Nova Iguaçu, RJ